Estava de saída, não lembrava para onde. Um lugar qualquer. Qualquer lugar. Tanto fazia. Levava os pedaços de um coração rasgado e arremendado várias vezes seguidas, um punhado de esperança e uma garrafa de vinho, carmenère, mas nenhuma taça. Era só o que levava, mas era toda a bagagem de que necessitava. Não tinha horário para chegar - nem sabia aonde ia -, tampouco tinha relógio, mas estava apressada como nunca.
Agora fora de casa, ia aonde os pés descalços levavam: Um lugar em que o horizonte se estendesse livremente sem encobrir o céu, em que se pudesse deitar sobre a grama e cair no infinito do céu noturno. Ao encontro de mãos que percorressem os equadores das curvas do corpo - todos eles. Ao encontro da última face que ocuparia o Zênite.
(16/08/2011)
(16/08/2011)
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