segunda-feira, 7 de maio de 2012

Trechos de uma Noite Depressiva

"Sou uma hipopótama enfiada num tutu de ballet, dentro de uma caixinha de música em que você continua dando corda porque sabe como seu ego se regojiza ao me ver dançar ao som da sua voz. Mas prefiro acreditar que você seja mais justo do que isso.
Ou, talvez, na verdade você não dê corda, e eu é que insisto em dançar, patética, na sua frente, implorando por atenção. Essa alternativa é mais dura de encarar. Talvez porque seja mais provavelmente a verdadeira."

"Insisto nessa angústia, mais pesada que uma mera melancolia, porque é ela que me confere alguma identidade para que eu possa aguentar essa insustentável e insuportável leveza agoniante. Sem esse pesar, me sinto esvair, e não há mais nada em minha visão a que eu possa me agarrar por essa noite. É essa dor intangível que me faz e mantém humana."

"Acho que eu preciso mesmo é que (...)" Inapropriado para menores. "Hormônios do inferno. Argh."

"Esses diminutivos entram na lista das pequenas irritações não intencionais e espontâneas que ainda não sei se sei viver sem."

"O choque da realidade é violento demais para os introvertidos e alienados. Não que isso seja novidade. É só uma constatação. É compreensível a escolha pela alienação."

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