Eu sempre acreditei que as pessoas podiam mudar. Olhava para o que eu achava que havia sido e para o que achava que tinha me tornado e sentia algum orgulho por, supostamente, ter alcançado meu objetivo e ser o que desejava ser.
Então os anos passaram, os colegas passaram, as fases passaram e as críticas também, mas chega uma hora em que as pessoas, com razão, não têm mais tempo nem interesse de ouvir desculpas forjadas no mesmo molde falho, e os anos, os colegas e as fases que seguiram, inéditos, trouxeram críticas humilhantemente similares. E aí a coragem de olhar no espelho falhou.
Minha coragem falhou comigo como venho falhando com meus colegas, meus amigos, minha família e a sociedade. Mas minha coragem é minha responsabilidaede e sua falha só agrava as minhas pois delas faz parte.
Pedi perdão algumas vezes, mas queria mesmo era pedir perdão por saber que continuaria a cometer os mesmos erros. Acho que muitas dessas vezes só procurava por autoindulgências, afinal, e agora quero de novo ser perdoada e poder me perdoar por isso.
Eu sempre acreditei que as pessoas podiam mudar. Isso não significa que não acredite mais que elas possam, mas que nem sempre isso acontece ou que, quando acontece, nem sempre acontece como se planeja.
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