terça-feira, 1 de novembro de 2011

Muito

O pouco que sinto que me toca passa batido.
E cadê todo aquele sentido
naquele som repetitivo?

E, do pouco que toco, sobra pouco para trás.
E o pouco que sinto cai com um baque no chão.
O pouco que faço, quanto tempo faz?
Por acreditarem que quem pensa e reza pensa em vão?

Do pouco que faço, faço uma oração
pelas dúvidas que brotam, frenéticas.
Todo barulho que ouço em cada sermão
incentiva a angústia que calo, cética.

O pouco que me toca, porém, é tenaz
como minha própria voz numa multidão.
O muito que sinto pouco tempo faz
por não acreditar que quem pensa e reza reze em vão.

Retiro a mim mesma, quase calada,
mas não hei de retirar o que digo:
Naquelas longas madrugadas
sei Quem esteve comigo.

2 comentários:

  1. A crença não exclui a possibilidade do pensar(e vice-versa) e acho que trabalhar os dois faz bem
    (pra mim é melhor assim), bastando separá-los quando necessário.

    ps.: um poema! =)

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  2. Queria eu que a maioria das pessoas concordasse com você '-'
    Sério.. me irrita profundamente quem age como se assumisse uma religião quem tem preguiça de pensar ¬¬


    P.S.: Espero q os próximos pareçam menos com "Batatinha Quando Nasce" haha

    P.S. 2: Grata pelas más influências :B

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